sábado, 30 de outubro de 2010

Materialismo Histórico de Karl Marx


Trabalho apresentado pelas acadêmicas:Debora Figueira Teixeira, Elis Regina Torres, Eluza Ramos de Souza, Jussara Teresinha Levis Nunes e Suélen Santos de Oliveira.



1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por finalidade expor e discutir a teoria do Materialismo-histórico-dialético defendida por Karl Marx. Veremos que a origem desta teoria vem da dialética hegeliana, que advém da dialética utilizada como parte da lógica na Grécia Antiga. Posteriormente Marx fez sua aplicação na análise da sociedade.
Além desta teoria o marxismo trouxe grandes influencias para a sociedade e na educação que permanecem na atualidade.


2. QUEM FOI KARL MARX?
Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Estudou na universidade de Berlim, principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se em Iena, em 1841, com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro. Em 1842 assumiu a chefia da redação do Gazeta Renano em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades. Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos Anais Germânico-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda. Entretanto, rompeu logo com os líderes deste movimento, Bruno Bauer e Ruge.
Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do Novo Jornal Renano em Colônia, primeiro jornal diário francamente socialista.
Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo freqüentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.
Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção.

2.1 OBRAS

Entre os primeiros trabalhos de Marx, foi antigamente considerado como o mais importante o artigo Sobre a crítica da Filosofia do direito de Hegel, em 1844, primeiro esboço da interpretação materialista da dialética hegeliana. Só em 1932 foram descobertos e editados em Moscou os Manuscritos Econômico-Filosóficos, redigidos em 1844 e deixa-os inacabados. É o esboço de um socialismo humanista, que se preocupa principalmente com a alienação do homem; sobre a compatibilidade ou não deste humanismo com o marxismo posterior, a discussão não está encerrada. Em 1888 publicou Engels as Teses sobre Feuerbach, redigidas por Marx em 1845, rejeitando o materialismo teórico e reivindicando uma filosofia que, em vez de só interpretar o mundo, também o modificaria.
Marx e Engels escreveram juntos em 1845 A Sagrada Família, contra o hegeliano Bruno Bauer e seus irmãos. Também foi obra comum A Ideologia alemã (1845-46), que por motivo de censura não pôde ser publicada (edição completa só em 1932); é a exposição da filosofia marxista. Marx sozinho escreveu A Miséria da Filosofia (1847), a polêmica veemente contra o anarquista francês Proudhon. A última obra comum de Marx e Engels foi em 1847 O Manifesto Comunista, breve resumo do materialismo histórico e apelo à revolução.
O 18 Brumário de Luís Bonaparte foi publicado em 1852 em jornais e em 1869 como livro. É a primeira interpretação de um acontecimento histórico no caso o golpe de Estado de Napoleão III, pela teoria do materialismo histórico. Entre os escritos seguintes de Marx Sobre a crítica da economia política em 1859 é, embora breve, também uma crítica da civilização moderna, escrito de transição entre o manuscrito de 1844 e as obras posteriores. A significação dessa posição só foi esclarecida pela publicação (em Moscou, 1939-41, e em Berlim, 1953) de mais uma obra inédita: Esboço de crítica da economia política, escritos em Londres entre 1851 e 1858 e depois deixados sem acabamento final.
Em 1867 publicou Marx o primeiro volume de sua obra mais importante: O Capital. É um livro principalmente econômico, resultado dos estudos no British Museum, tratando da teoria do valor, da mais-valia, da acumulação do capital etc. Marx reuniu documentação imensa para continuar esse volume, mas não chegou a publicá-lo. Os volumes II e III de O Capital foram editados por Engels, em 1885 e em 1894. Outros textos foram publicados por Karl Kautsky como volume IV (1904-10).
3. INFLUENCIAS DO MARXISMO

O marxismo permitiu compreender que os fatos humanos são instituições sociais e históricas produzidas não pelo espírito e pela vontade livre dos indivíduos, mas nas condições objetivas nas quais a ação e o pensamento humano devem realizar-se. Levou a compreender que os fatos humanos mais originários ou primários são as relações dos homens com a Natureza na luta pela sobrevivência e que tais relações são as de trabalho, dando origem as primeiras instituições sociais: família (divisão sexual do trabalho), pastoreio e agricultura (divisão social do trabalho), troca e comércio (distribuição social dos produtos do trabalho).
Graças ao marxismo, as ciências humanas puderam compreender que as mudanças históricas não resultam de ações súbitas e espetaculares de alguns indivíduos ou grupos de indivíduos, mas de lentos processos sociais, econômicos e políticos, baseada na forma assumida pela propriedade dos meios de produção e pelas relações de trabalho. A materialidade da existência econômica comanda as outras esferas da vida social e da espiritualidade, e os processos históricos abrangem todas elas.
Enfim, o marxismo trouxe uma grande contribuição a sociologia,à ciência política e à história na interpretação dos fenômenos humanos como expressão e resultado de contradições sociais, de lutas e conflitos sociopolíticos determinados pelas relações econômicas baseadas na exploração do trabalho da maioria pela minoria de uma sociedade.
Em resumo, a fenomenologia permitiu a definição e a delimitação dos objetos das ciência humanas; o marxismo permitiu compreender que os fatos humanos são historicamente determinados e que a historicidade, longe de impedir que sejam conhecidos, garante a interpretação racional deles e o conhecimento de suas leis.
Com essas contribuições, que foram incorporadas de maneira muito diferenciadas pelas várias ciências humanas, os obstáculos epistemológicos foram ultrapassados e foi possível demonstrar que os fenômenos humanos são dotados de sentido e significação, são históricos, possuem leis próprias, são diferentes dos fenômenos naturais e podem ser tratados cientificamente.

3.1 NA EDUCAÇÃO

Marx acreditava que a educação era parte da superestrutura de controle usada pelas classes dominantes. Por isso, ao aceitar as idéias passadas pela escola à classe dos trabalhadores (que Marx denominava classe proletária) cria uma falça consciência que a impede de perceber os interesses de sua classe.
Assim, Marx concebia uma educação socializada e igualitária a todos os cidadãos. Ele não via com bons olhos uma educação oferecida pelo Estado-Nação burguês, capitalista basicamente por desacreditar no currículo que ela traria e a forma como seria ensinado. Mesmo que tenha defendido a educação compulsória em 1869, Marx opunha-se a qualquer currículo baseado em distinções de classe. Defendia a educação Técnica e Industrial.

3.2 NOS DIAS ATUAIS

Karl Marx propôs sua teoria com influencia na economia, onde tudo se explica através dela descontente com as mudanças ocorridas em seu tempo, a transição do sistema econômico tradicional para a moderna proposta capitalista ele deplorou e esnobou a dominação do capitalismo e seu sistema deplorável em favor dos burgueses e propôs a revolução proletária. Sua contribuição foi em favor de sermos contras as regras impostas pela classe dominante, que nos nossos dias se situa não em uma classe e sim em um campo social.
O Marxismo teve muitos seguidores que modificaram o mundo no século passado. Grandes partidos políticos se formaram em torno da teoria. Distorcido ou não, certo ou errado, o Marxismo deu o tom do século XX, principalmente até os anos 60 como forte contraponto aos países capitalistas na guerra fria e influencia ainda, muitos governos atualmente.

4 A DIALÉTICA

A palavra dialética vem do grego “dialégestai”, é construída etimologicamente pela preposição dia, que significa, por um lado, o que perpassa através do todo e, por outro, o que divide separando o que era unido, e pela palavra “léktikós”, que vem de logos, legein, e significa a aptidão ao discurso, falar. A dialética é o discurso que, com uma compreensão que atravessa a totalidade do que é falado, desdobra este todo mostrando o seu sentido, tornando deste modo, possível o dialogo.
Entre os pensadores modernos, Hegel é quem vai se apropriar da dialética grega, concebendo-a não só como método do pensamento, mas também como a própria dinâmica do tempo. Hegel pensa o tempo como uma dinâmica constituída pela tensão entre o ser e o não ser, pois o tempo é o que quando é, já foi.; “ Não como se o tempo fosse e não fosse, mas o tempo é isto: no ser, imediatamente não-ser, e no não-ser, imediatamente ser.” (Siegel apud Martins, 2007, p.153)
A dialética hegeliana parte do princípio da identidade de opostos. Ela se compõe de várias unidades, das quais Hegel enumera três: tese, antítese e síntese. A tese poder ser entendida como o momento da afirmação; a antítese é o momento da negação da afirmação, gerando a tensão que origina a síntese, o último momento que corresponde à negação da negação, ou seja, é o resultado da antítese anterior, no qual suspende a oposição entre a tese e a antítese. A síntese representa uma nova realidade marcada pela aparição da Razão Absoluta, da consciência de si, ou, o que dá no mesmo, da autoconsciência.
Assim, a Dialética baseia-se na idéia do contraditório, ou seja na contradição que existe em cada processo, no antagonismo intrínseco da própria evolução, pois a contradição existente em cada situação faria com que ela evoluísse a partir de si mesmo.
A afirmação e a negação existentes em cada coisa seriam parte formadora do todo que compreende a mesma, e seriam o motor de qualquer transformação que não dependesse de intervenção externa.


4.1 DIALÉTICA MARXISTA

No sec. XIX, Karl Marx apropiou-se da dialética grega, mais especificamente da metodologia Hegeliana para fundamentar o que seria considerado uma das mais importantes correntes de pensamento da atualidade, o materialismo.
Características da dialética marxista:
 Compreende o contexto;
 Historicidade - a pesquisa dialética encara o homem como um ser histórico, influenciado pelo meio;
 Histórico-dialético – considera que o homem é um ser histórico, mas que é capaz de reagir, pelo trabalho e pela consciência contra as forças que o oprimem;
 Materialismo - a realidade material determina a circunstancia social do ser humano;
 Materialismo-histórico-dialético – a realidade é dada pela circunstancia material, que por sua vez, é formada historicamente, é dinâmica, e está em movimento incessante;
 Tudo se relaciona – a realidade é um sistema interligado, em tudo há reciprocidade e relação;
 Tudo se transforma – a realidade é movimento - tanto social (educacional) – como natural;
 Luta dos contrários – o motor de todas as transformações reside na luta dos movimentos contrários.


5 A PEDAGOGIA MARXISTA

Marx e Engels escreveram muito pouco sobre educação, embora seja deles a concepção de que a educação e a cultura fazem parte da super-estrutura derivada da infra-estrutura económica e social. Quer isto dizer que a escola está sempre ao serviço do regime económico e social e dos detentores dos meios de produção.
Princípios da pedagogia marxista:
 Atribuição da força educativa aos princípios ambientais e metodológicos.
 Educação no seio do grupo e no meio do grupo.
 Prioridade da formação prática do aluno, sobre a sua formação teórica.
 Sistema educativo baseado na «escola do trabalho».
 Integração do trabalho produtivo no currículo escolar.
 Formação polivalente do indivíduo, capacitando-o para diversas atividades profissionais.
 Especial atenção à educação física;
 Inculcação sistemática e indiscutida da ideologia marxista e educação para a defesa e expansão
 Educação dogmática e autoritária.
 Papel relevante do Estado (comunista) na educação. A família pode e deve educar somente por delegação do Estado e sob o seu controle.
 Sistema de escola única e igual para todos, sujeita a critérios “sociais” de selectividade.
 Sistema de coeducação absoluta.
 Educação com um fim social. (socialização do indivíduo realizada a partir das instituições sociais e tendo em pouca consideração a subjectividade pessoal).


6 MATERIALISMO

Materialismo é o tipo de fisicalismo que sustenta que a única coisa da qual se pode afirmar a existência é a matéria; que, fundamentalmente, todas as coisas são compostas de matéria e todos os fenômenos são resultado de interações materiais; que a matéria é a única substancia. Como teoria o Materialismo pertence a classe da ontologia monista. Assim, é diferente de teorias ontológicas baseadas no dualismo ou pluralismo. Em termos de explicações da realidade dos fenômenos, o Materialismo está em franca oposição ao idealismo.

7 MATERIALISMO- HISTÓRICO-DIALÉTICO

Materialismo dialético caracteriza-se por um monismo (redução à unidade) conserva a particularidade do aspecto material e ideal da matéria e da consciência humana e ao mesmo tempo assinala seu caráter singular.
O materialismo dialético engloba a unidade da realidade inteira e a expressa utilizando todas as novas noções importantes das ciências especializadas.
Cibernética da informação – termo que está de acordo com todos os princípios da dialética e permite igualmente a expressão matemática.
Na teoria marxista, o materialismo histórico pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc). A propósito, Marx escreveu, na obra A Miséria da filosofia (1847) na qual estabelece polêmica com Proudhon:
As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial.
Tal afirmação, defendendo rigoroso determinismo econômico em todas as sociedades humanas, foi estabelecida por Marx e Engels dentro do permanente clima de polêmica que mantiveram com seus opositores, e atenuada com a afirmativa de que existe constante interação e interdependência entre os dois níveis que compõe a estrutura social: da mesma maneira pela qual a infra-estrutura atua sobre a superestrutura, sobre os reflexos desta, embora, em última instância, sejam os fatores econômicos as condições finalmente determinantes.
O materialismo–histórico–dialético pode ser considerado um método de estudo da sociedade, da economia e da história, A forma de análise materialista histórica parte do princípio de que a produção, e a troca dos produtos, é a base de toda a ordem social; existente em todas as sociedades de todos os tempos. Sendo assim, a divisão destes produtos, aliada com ela à divisão dos homens em classes sociais, é determinada pelo o que e como a sociedade produz e pelo modo que troca as suas mercadorias. Ou seja, afirma que a forma de vida social, política e espiritual é determinada por como são produzidos os meios materiais de subsistência.
Na dialética materialista expressa em O Capital, Marx afirma que não existem fatos em si, é o próprio ser humano que figura como ser produzindo-se a si mesmo. Pela sua própria atividade, pelo modo de produção da vida material. A condição para que o Ser Humano se torne Ser Humano é o trabalho, a construção da sua história. A mediação entre ele e o mundo é a atividade material. - Mao Tsetung resume o pensamento de Marx: "a concepção materialista-dialética entende que, no estudo do desenvolvimento dum fenômeno deve partir-se do seu conteúdo interno, das suas relações com os outros fenômenos, deve-se considerar o desenvolvimento dos fenômenos como sendo o seu movimento próprio, necessário, interno, encontrando-se, alias, cada fenômeno no seu movimento, em ligação e interação com outros fenômenos que o rodeiam. A causa fundamental do desenvolvimento dos fenômenos não é externa, mas interna; ela reside no contraditório do interior dos próprios fenômenos. No interior de todo fenômeno há contradições, daí o seu movimento e desenvolvimento" (O Dialético)

8 MATERIALISMO-HISTÓRICO-DIALÍTICO E A EDUCAÇÃO
O estado atual do sistema educacional público brasileiro, tem dado mostras representativas de sua deficiência. É uma verdade que as escolas públicas, com raríssimas exceções, não têm conseguido realizar seu objetivo maior, qual seja educar para a cidadania, garantindo formação adequada e de qualidade a todos aqueles que a queiram receber. E o que é mais paradoxal nessa situação é a quantidade de pesquisas, projetos, proposições, leis, etc. que abordam a temática educacional e formulam diretrizes para a concretização de uma escola democrática e de qualidade. Infelizmente, essa massa abundante de documentos e trabalhos que versam sobre a educação não atingiu seus nobres objetivos, nem mesmo conseguindo mitigar de forma satisfatória os principais obstáculos que emperram o ensino público em nosso país.
Neste sentido, é oportuno dedicar atenção ao problema da pesquisa em Educação. E para tanto, far-se-á um balanço sumário do legado metodológico de um dos maiores cientistas sociais do século XIX: Karl Marx. Obviamente, o resgate do método adotado e aperfeiçoado por Marx – o método dialético materialista – objetiva tão somente estimular as pesquisas em Educação sob uma perspectiva marxista, como forma de oferecer subsídios a um projeto educativo que leve em conta as contradições próprias do sistema de ensino público no Brasil, contradições estas que são reflexo direto da nossa sociedade desigual (o que forçosamente nos leva a perceber a escola como instituição também desigual, pois que reflete e condiciona a sociedade na qual está inserida).
Para Karl Marx o conhecimento resulta de construção efetuada pelo pensamento e suas operações; consiste, assim, em uma representação mental do concreto, representação elaborada a partir da intuição e percepção. Ou seja, o conhecimento para Marx é propriamente uma produção do pensamento, resultante de operações mentais com que se representa – e não repete, reproduz ou reflete – a realidade objetiva, suas feições e situações. Diferentemente da perspectiva positivista, que concebe o conhecimento e sua produção a partir unicamente da observação do objeto, sem a mediação de abstrações mentais. O positivismo vê a história como uma história inerte que não se comunica com o presente, nem com o futuro; que é parte da realidade em que o homem se insere, mas só pode registrar as situações e sucessos que indicam essa inserção; um processo que já tem no passado seu começo, meio e fim. Na concepção marxista a compreensão da gênese e do desenvolvimento dos fenômenos deve partir de concepção de que nada, nenhuma relação, fenômeno ou idéia tem o caráter de imutável. Vê-se nesta perspectiva que o Positivismo possui um caráter de reduzir o papel do homem enquanto ser pensante e crítico, para um mero coletor de informações e fatos presentes nos documentos.
E o caminho que Karl Marx elege como mais objetivo para se chegar ao conhecimento é aquele que passa pelo uso do método dialético. Não a dialética no sentido clássico do termo (como nas contribuições de Aristóteles ou Platão); nem tampouco na perspectiva hegeliana, fonte inicial de Marx; mas sim uma dialética materialista, criação sua, que busca refletir acerca da realidade partindo do concreto e indo ao abstrato, num movimento constante de idas e vindas até obter-se a produção de uma representação mais ou menos fiel e segura da realidade.
Aplicado às pesquisas educacionais, o método dialético de Marx pode contribuir para uma compreensão mais rigorosa da realidade educacional, pois que elabora uma representação que parte sempre do concreto, tendo em conta a totalidade do fenômeno estudado. E mais ainda que o método imanente de Marx apreende a história a partir das contradições, no seu movimento incessante e permanente de transformação. Com tal postura, pode-se chegar à elaboração de uma representação do sistema educacional público brasileiro capaz de permitir a identificação de seus problemas mais espinhosos, os quais muitas vezes não estão circunscritos apenas a esfera do sistema educacional; ao contrário, transbordam para outras instâncias sociais, mas que graças ao esforço de totalização do método dialético serão apreendidos em seu devir.
O materialismo histórico-dialético mostra-se, a despeito das críticas hoje posicionadas à referência marxista e da possibilidade e necessidade de concretização do projeto histórico socialista, um referencial de postura, método e práxis vigentes para a compreensão e superação da realidade concreta estabelecida. Novas abordagens e metodologias vêm sendo criadas, com preocupações mais pontuais e técnicas científicas diferentes para a investigação no campo educacional. Neste sentido, o materialismo histórico não se fecha como posicionamento ortodoxo às outras formas metodológicas. Não obstante, ressalta a importância de que as discussões, abordagens, questionamentos e formas investigativas sejam feitas de forma subordinadas à sua temática central, ao seu núcleo constitutivo, ou seja, na perspectiva da luta de classes como motor da história, e na busca da emancipação humana.

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Marx citado por Brito afirma: "A dialética mistificada tornou-se moda na Alemanha, porque parecia sublimar a situação existente. Mas, na sua forma racional, causa escândalo e horror à burguesia e aos porta-vozes de sua doutrina, porque sua concepção do existente, afirmando-o, encerra, ao mesmo tempo, o reconhecimento da negação e da necessária destruição dele; porque apreende, de acordo com seu caráter transitório, as formas em que se configura o devir; porque enfim, por nada se deixa impor, e é na sua essência, crítica e revolucionária.” (MARX apud BRITO, 2005).
A dialética é também uma teoria engajada. Ao contrário da metafísica, é questionadora, contestadora. Exige constantemente o reexame da teoria e a crítica da prática. Não existe nenhum critério de relevância (nem científico, social, teórico, nem prático) que possa determinar que um ponto de vista é relativamente mais válido que outro. O professor pensador de sua práxis, deverá manter uma crítica e uma autocrítica constante, uma dúvida levada à suspeita, e a humildade de que fala Paulo Freire, para reconhecer cotidianamente as limitações do pensamento e da teoria.
Concluindo, a dialética opõe-se ao dogmatismo, ao reducionismo, portanto, é sempre aberta, inacabada, superando-se constantemente.
A dialética apresenta-se como uma metodologia singular, de fácil aplicação, e que se renova constantemente, em cada ciclo de tese – antítese – síntese, o que faz com que se torne sempre atual, pela própria renovação.
O materialismo dialético nos traz uma visão de mundo, uma forma de compreender as coisas através de uma análise dinâmica, diferente da metafísica, e ampla o suficiente para que possamos analisar toda e qualquer situação através dele.

10 REFERÊNCIAS

BRITO, Felipe M. da Silva. Da crítica político-estatal à crítica da política e do estado: (re) pensando alguns tópicos sobre a crítica imenente em Karl Marx. Disponível em: www.uff.br/ppgsd/dissertacoes/felipe_brito2005.pdf . Acesso em: 20 out. 2010.
Sem Autor. Dialética Disponível em: http://www.odialetico.hd1.com.br/filosofia/ Dial%E9tica.htm . Acesso em 22 out 2010.
SIEGEL, Norberto, TOMELIN, Janes F. FILOSOFIA GERAL E DA EDUCAÇÃO. Indaial: Ed. ASSELVI, 2007.

Outras fontes:
www.culturabrasil.pro.br/marx.htm
www.formacao.org.br/docs/artigo_materialismo.pdf

Esquema das Inteligências Multiplas

A TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DE HOWARD GARDNER


1. INTRODUÇÃO
O primeiro teste de quantificação dos índices de sucesso escolar de que temos registros históricos foi desenvolvido pelo psicólogo Alfred Binet em 1900. Segundo Cecílio Junior (2010) este teste tinha por finalidade diagnosticar e diferenciar crianças retardadas e crianças normais.
Após a primeira Guerra Mundial este teste foi aplicado nos recrutas e soldados com a finalidade de quantificar o nível de inteligência dos mesmos. Com a propagação deste teste pensou-se que era possível medir quantitativamente a inteligência dos seres humanos. Este método ficou mundiamente conhecido como Coeficiente de Inteligência (QI).
Mais tarde, foram desenvolvidas versões mais sofisticadas do teste de QI. Uma delas é chamada de Teste de Aptidão Escolar (SAT – Scholastic Aptitude Test). Ele pretende ser um tipo semelhante de medida, e se você acrescentar os resultados verbais e matemáticos da pessoa, como freqüentemente é feito, você pode classificá-la ao longo de uma única dimensão intelectual. Os programas para os superdotados, por exemplo, muitas vezes utilizam esse tipo de medida; se seu QI é superior a 130, você é admitido ao programa. (GARDNER apud CECÍLIO JÚNIOR, 2010)
Posteriormente, com o desenvolvimento os estudos de Gardner, autor da teoria das Inteligências Múltiplas, que descreve inteligência como “a capacidade de responder a itens em testes de inteligência". Os testes psicométricos consideram que existe uma inteligência geral, nos quais os seres humanos diferem uns dos outros, que é denominada “g”. Este “g” pode ser medido através da análise estatística dos resultados dos testes. É importante acrescentar que tal maneira de conceituar e analisar a inteligência de uma pessoa, ainda hoje está presente no senso comum e, até mesmo, em muitos setores do meio científico.
A teoria de Gardner de certa forma pode ser considerada complementar a outras teorias, como as de Piaget, Vygotski, Freinet, dentre outros. Vivenciadas na prática e no cotidiano da educação escolar, pois, evidencia que há uma gama de inteligências, nas quais, pedagogicamente conhecemos por “linguagens” trabalhadas na sala de aula e no espaço escolar como um todo. Sendo assim, é importante destacar tais linguagens/inteligências, pois, no planejamento diário das escolas, turmas, atividades, independente do nível e/ou idade da criança, esta teoria “contribui” muito para a reflexão sobre o universo da educação.

Ao falarmos de inteligências múltiplas, não podemos esquecer de que esta teoria significa um avanço científico importantíssimo para a educação, já que Gardner estudou a fundo a ciência cognitiva (o estudo de mente) e a neurociência (o estudo do cérebro), recursos que ainda não existiam no tempo de Binet, tornando sua proposta falha e ultrapassada.


2. INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS - TEORIA DE GARDNER
O termo “Inteligências Múltiplas” compreende à teoria desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard (EUA), liderada pelo psicólogo Howard Gardner, a partir da década de 1980.
Segundo informações contidas no site Wikipédia (2010) a pesquisa de Gardner identificou e descreveu sete tipos de inteligências nos seres humanos, e, no início da década de 1980, obteve grande eco no campo da educação. Mais recentemente, também acrescentaram-se à lista original, as inteligências de tipo "naturalista" e "existencial".
Em um dos seus livros, mencionado pela mídia como o mais famoso, intitulado “Estruturas da Mente” (1983), Gardner descreve sete dimensões da inteligência (inteligência visual/espacial, inteligência musical, inteligência linguistica/verbal, inteligência lógica/matemática, inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal e inteligência corporal/cinestética). Desde a publicação da referida obra, Gardner propôs duas novas dimensões de inteligência: a inteligência naturalista e a inteligência existencialista.
O desenvolvimento das teorias de Gardner revolucionou a interpretação dos profissionais de várias áreas, sobre o significado, as formas de estimulação e o desenvolvimento da inteligência humana, pois até então, os testes tradicionais de inteligência só levam em consideração as inteligências verbal e a lógica/matemática.



3. BIOGRAFIA DE HOWARD GARDNER


Segundo Marcio Ferreira, autor do artigo “Howard Gardner - O cientista das inteligências múltiplas”, publicado na Revista Virtual Nova Escola (2010), Gardner nasceu em Scranton, no estado norteamericano da Pensilvânia, em 1943, numa família de judeus refugiados do nazismo. Ingressou na Universidade Harvard em 1961 para estudar História e Direito, mas acabou se aproximando do psicanalista Erik Erikson e redirecionou a carreira acadêmica para os campos combinados de Psicologia e Educação.
Na Pós-graduação, pesquisou o desenvolvimento dos sistemas simbólicos pela inteligência humana, sob orientação do célebre educador Jerome Bruner. Nessa época, Gardner integrou-se ao Harvard Project Zero, destinado inicialmente às pesquisas sobre Educação Artística.
Em 1971, tornou-se co-diretor deste projeto, cargo que mantém até hoje. Foi lá que desenvolveu as pesquisas sobre as inteligências múltiplas. Elas vieram à público em seu sétimo livro, “Frames of Mind”, de 1983, que o projetou rapidamente nos Estados Unidos.
O assunto foi aprofundado em outro campeão de vendas, “Inteligências Múltiplas: Teoria na Prática”, publicado em 1993. Nos escritos sobre educação que se seguiram, enfatizou a importância de trabalhar a formação ética simultaneamente ao desenvolvimento das inteligências. Hoje leciona neurologia na escola de medicina da Universidade de Boston e é professor de cognição e pedagogia e de psicologia em Harvard. Nos últimos anos, vem pesquisando e escrevendo sobre criadores e líderes exemplares, tema de livros como “Mentes Extraordinárias”. Em 2005, foi eleito um dos 100 intelectuais mais influentes do mundo pelas revistas Foreign Policy e Prospect (FERRARRI/ NOVA ESCOLA, 2010).
Na sequência, citamos títulos de algumas obras de Gardner, traduzidas para o português e publicadas pela editora Artimed, com seus respectivos anos de publicação, o que nos dá uma dimensão da vasta e relevante pesquisa deste autor.
· A Criança pré-escolar. (1994)
· Estruturas da mente (1994)
· Inteligências - multiplas perspectivas (1995)
· Inteligências multiplas - a teoria na pratica (1995)
· Mentes que lideram (1995)
· Mentes que criam (1996)
· As Artes e o Desenvolvimento Humano (1997)
· Inteligência - multiplas perspectivas (1998)
· Inteligência- um conceito reformulado (1999)
· Arte, mente e cerebro (1999)
· Mentes extraordinarias (1999)
· O verdadeiro, o belo e o bom (1999)
· Atividades Iniciais de Aprendizagem (2001)
· Avaliaçao em Educaçao Infantil (2001)
· Nova ciência da mente (2002)
· Trabalho qualificado (2004)
· Mentes que mudam - a arte e a ciência de mudar (2005)
· Cinco Mentes para o Futuro (2007)
· Responsabilidade no trabalho (2008) (WIKIPEDIA, 2010).


4. AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DEFINIDAS POR GARDNER


4.1 INTELIGÊNCIA LINGÜÍSTICA
Segundo Goreme (2010) a inteligência lingüística refere-se ao domínio da expressão com o uso da linguagem verbal e da oralidade de um modo geral. É o manejo da palavra e da verbalização do pensamento. É a capacidade de expressão e compreensão da língua escrita e verbal. Manifesta-se na sensibilidade do entendimento da ordem e do significado das palavras, capacidade de convencer alguém sobre um fato, de explicar, ensinar e aprender, estimular o senso de humor, a memória e a lembrança, transmitir informações ou simplesmente agradar.
Se expressa de modo característico em pessoas que gostam de escrever, ler, ouvir, contar histórias e piadas; pessoas que possuem boa memória para nomes, lugares, datas e histórias; pessoas que lidam criativamente com as palavras e linguagem de uma maneira geral. É especialmente desenvolvida em poetas, jornalistas, oradores, vendedores e escritores.


4.2 INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA

Como o próprio nome sugere, é a capacidade lógica e matemática, assim como a capacidade de raciocínio preciso e científico.

Refere-se a competência de desenvolver raciocínio lógico, dedutivo, indutivo e de compreensão de modelos matemáticos; lidar com números ou outros objetos matemáticos, envolvendo cálculos e transformações; capacidade de manejar habilmente longas cadeias de raciocínio; de trabalhar com símbolos abstratos (números e figuras geométricas). Trata-se da habilidade em lidar com conceitos científicos. É dotado de um senso dedutivo e lógico muito firme e bastante apurado. Esta inteligência é característica especialmente desenvolvida em pessoas que gostam de matemática e de usar computadores, de jogar xadrez, damas, jogos de estratégia e quebra-cabeças. Normalmente podemos verificar a inteligência lógica-matemática muito apurada nos matemáticos, filósofos, contadores, escritores, banqueiros, administradores. (GOREME, 2010)


4.3 INTELIGÊNCIA ESPACIAL

Segundo Rafael Goreme (2010) a inteligência espacial envolve a capacidade de formar um modelo mental, de um mundo espacial e, de ser capaz de manobrar e operar utilizando esse modelo.
Explicando melhor, refere-se ao sentido de movimento, de localização, senso de profundidade e de direção. Inteligência na qual, em muitas vezes, se produz um efeito que é exigido para a realização de tarefas pertinentes ao trato simultâneo tridimensionais, dimensões, ângulos e perspectivas diferentes. Está relacionada com a capacidade de visualizar, moldar, manipular e criar imagens mentais.

Esta inteligência é característica especialmente desenvolvida em pessoas que possuem especial habilidade para elaboração e compreensão de mapas, como os marinheiros, navegadores e cartógrafos. Também se destaca nos engenheiros, cirurgiões, escultores, pintores, jogadores de xadrez e damas.



4.4 INTELIGÊNCIA MUSICAL

Mozart, presumivelmente, a possuía em altíssimo grau (GARDNER apud CECILIO JÚNIOR, 2010).

São dotados de inteligência musical indivíduos que possuem o domínio da expressão com os sons; que possuem a habilidade de reconhecer padrões sonoros, tons, ritmos. Incluem sensibilidade a sons ambientais, vozes humanas e instrumentos musicais.

Seu perfil indica o reconhecimento da estrutura musical, de esquemas para ouvir música, sensibilidade para sons, criação de melodias, percepção das qualidades dos tons e habilidade para tocar instrumentos. Esta habilidade de compreensão melódica e rítmica de sons musicais é desenvolvida em músicos, cantores, compositores, maestros (GOREME, 2010).



4.5 INTELIGÊNCIA CORPORAL-CINESTÉSICA

É a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos utilizando o corpo inteiro, ou partes do corpo. Dançarinos, atletas e artistas apresentam esta capacidade altamente desenvolvida, segundo consta no site Wikipédia (2010).

Explicando melhor, podemos citar Goreme (2010) que relaciona esta inteligência como o domínio dos movimentos do corpo; a qualquer habilidade físico-motora na forma de uma linguagem corporal. Manifesta-se tipicamente nos atletas, nos artistas, que seguramente não elaboram cadeias de raciocínios para realizar seus movimentos, e na maior parte das vezes, não conseguem explicá-los verbalmente.
Os exercícios e os treinamentos conseguem desenvolver tal competência, embora os limites alcançados difiram significativamente em diferentes indivíduos. Está relacionado com o movimento físico, o conhecimento do corpo e como ele funciona. Inclui a habilidade de usar o corpo para expressar emoções, para jogar, para interpretar e usar linguagem corporal. São pessoas que aprendem através do movimento; aprendem melhor através do contato; movimentam-se constantemente e gostam de esportes.


4.6 INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL

Consiste na capacidade de compreender outras pessoas – o que as motiva, como elas trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. Os vendedores, políticos, professores, terapeutas e líderes religiosos bem-sucedidos são indivíduos com altos graus desta inteligência (GARDNER apud CECILIO JÚNIOR, 2010).


Complementando com palavras de Nogueira (2001, p. 32), a inteligência interpessoal e a capacidade de entender outras pessoas, comunicar-se de forma adequada com elas, motivando-as, incentivando-as e dirigindo-as. Capacidade esta encontrada principalmente nos professores, políticos, líderes (sejam eles políticos, religiosos, empresarias, etc.) terapeutas, dentre outros.

Podemos visualizar a inteligência interpessoal como a capacidade de se relacionar com o outro, de entender as reações, criar empatia e carisma, perceber humores, motivações, em captar intenções usadas nos relacionamentos pessoa-a-pessoa.

Para Goreme (2010) pessoas dotadas desta inteligência são capazes de compreender as outras pessoas, entender o que as motiva e como trabalham. Possibilita ainda inferir o estado de ânimo, temperamento e nas intenções do outro.


4.7 INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL
Segundo Cecílio Junior (2010) Gardner diz que a inteligência intrapessoal é uma capacidade correlativa, voltada para dentro. É a capacidade de formar um modelo acurado e verídico de si mesmo e de utilizar esse modelo para operar efetivamente na vida.

Refere-se também à capacidade de autocompreensão, de automotivação, auto-estima, conhecimento e estar bem consigo mesmo. É basicamente a habilidade de administrar os próprios humores, sentimentos, emoções e projetos a seu favor. É capaz de fazer com que as situações e os problemas cotidianos sempre acabem tomando novos contornos, quando se põe a analisá-los com sua ótica particular e seu reconhecimento das situações correlatas.

Segundo Goreme (2010) inclui metacognição (pensar sobre o pensar), respostas emocionais, auto-reflexão e consciência de conceitos metafísicos. Assim, a inteligência intrapessoal diz mais respeito à capacidade de autocontrole e estabilidade emocional do indivíduo frente às dificuldades encontradas em qualquer ambiente.



4.8 INTELIGÊNCIA NATURALISTA


Trata-se da sensibilidade para aprender com os processos da natureza, que, segundo Goreme (2010) chega a ser quase como um princípio de vida, em alguns indivíduos, que descobrem sempre uma forma de atuar sutil e eficazmente, seguindo leis naturais que às vezes parecem um tanto distantes da compreensão ou da mensuração pelos demais.

[...] acho que a inteligência naturalista é extremamente importante no mundo dos negócios. O comércio explora as mínimas diferenças perceptíveis nos produtos para convencer os consumidores [...] somos capazes de perceber as diferenças necessárias entre os produtos graças a nossa inteligência naturalista. Embora não tenhamos evoluído para fazer a distinção entre dois objetos semelhantes feitos pelo homem, a habilidade de distinguir depende exatamente destes mecanismos evoluídos que permitem saber que plantas comer e quais recusar, que animais perseguir e de quais fugir. Estas capacidades foram “seqüestradas”, por assim dizer, pelo mundo do comércio. Sem a inteligência naturalista não podemos participar da criação destes produtos nem, felizmente talvez, sucumbir a lábia de publicitários e marketeiros. (GARDNER, 2000, p. 236-237 apud NOGUEIRA, 2001, p. 35)


Neste trecho, Gardner aborda sobre a inteligência naturalista no mundo dos negócios, destacando que com a evolução humana, adaptamos os instintos naturais de sobrevivência em outras funções. Dessa forma, podemos perceber que a inteligência naturalista não está vinculada a gostar ou não de plantas, animais e da ecologia, pois no processo evolutivo, o instinto de sobrevivência foi convertido, por exemplo, na competitividade profissional.



4.9 INTELIGÊNCIA EXISTENCIALISTA

Consiste na inteligência voltada para questionamentos filosóficos e religiosos, que é sem dúvida um dos elementos mais presentes e atuais. São pessoas que tem o potencial de situar-se em relação a elementos da condição humana como os significados da vida, o sentido da morte, o destino final dos mundos físico e psicológico. Entre estas pessoas se destacam místicos, líderes religiosos, pessoas que meditam.

Segundo Nogueira (2001, p.35), Gardner relaciona esta inteligência a capacidade de situar-se com os limites dos cosmos, com as coisas mais etéreas, como, por exemplo, a compreensão do sentimento da vida e da morte, do amor e do ódio, com a capacidade de aprofundar-se na descoberta no sentido de uma obra de arte ou questões filosóficas.


5 CONCLUSÃO
Podemos concluir, após a pesquisa realizada sobre a teoria das Multiplas Inteligencias de Howard Gardner, que todos nós, enquanto seres humanos, temos tendências individuais (áreas de que gostamos e em que somos competentes) e que estas tendências podem ser englobadas numa das inteligências classificadas por Gardner.
Dessa forma, o modelo de avaliação de QI desenvolvido por Binet, era completamente falho, por não considerar a pluralidade do intelecto humano. A partir das idéias de Howard, podemos vislumbrar a inteligência como a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários.
Neste sentido, concordamos com Cecilio Junior (2010), quando afirma que o propósito da escola deveria ser o de desenvolver as inteligências e ajudar as pessoas a atingirem objetivos de ocupação e passa-tempo adequados ao seu espectro particular de inteligências. As pessoas que são ajudadas a fazer isso se sentem mais engajadas e competentes e, portanto, mais inclinadas a servirem à sociedade de uma maneira construtiva.
As pessoas têm os mesmos interesses e habilidades, nem todos aprendem da mesma maneira; a segunda é a de que, atualmente, ninguém pode aprender tudo o que há para ser aprendido. Uma escola centrada no indivíduo seria rica na avaliação das capacidades e tendências individuais. Ela procuraria adequar os indivíduos não apenas a áreas curriculares, mas também a maneiras particulares de ensinar esses assuntos.


6 REFERÊNCIAS

CECÍLIO JUNIOR. Marlísio Oliveira. Reunião Cultural de Maio: Inteligências Múltiplas – Howard Gardner. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/cientista-inteligencias-multiplas-423312.shtml> Acesso em: 15 out. 2010.

GOREME, Rafael. Inteligências Múltiplas. Disponível em: <http://azulsp.blogspot.com/2010/09/inteligencias-multiplas.html> Acesso em: 15 out. 2010.
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Desenvolvendo as Competências Profissionais: um novo enfoque por meio das inteligências múltiplas. São Paulo: Érica Editora, 2001.

WIKIPEDIA. Howard Gardner. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Howard_Gardner> Acesso em: 15 out. 2010.


7 0BRAS CONSULTADAS

CURY, Augusto Jorge. Inteligência Multifocal: Análise da construção dos pensamentos e da formação de pensadores. São Paulo: Cultrix, 2006.


VECCHIO. Egito. Educando crianças índigo: uma nova pedagogia para crianças da nova era. São Paulo: Butterfly, 2006.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEXTO: MATURANA, Humberto & REZEPKA, Sima N. de. Formação Humana e Capacitação. Petrópolis: Vozes, 2000 (p. 7 - 19).

Segundo Humberto Maturana (na foto a esquerda), a maior dificuldade na tarefa educacional está na confusão entre duas classes distintas de fenômenos: a formação humana e a capacitação. A primeira refere-se ao desenvolvimento da capacidade de criar e recriar, para viver e conviver em sociedade, como um ser dotado de vontade de interagir para transformar e melhorar a sociedade em que vive.

Já a segunda, que refere-se a capacitação, tem a ver com a aquisição de habilidades e capacidades de ação para transformação social.


Formação Humana

Pensamos que a tarefa da educação escolar, como um espaço artificial de convivência, é permitir e facilitar o crescimento das crianças como seres humanos que respeitam a si próprios e os outros com consciência social e ecológica, de modo que possam atuar com responsabilidade e liberdade na comunidade a que pertencem (MATURANA, 2000, p. 13).


Educar visando desenvolver no aluno valores de responsabilidade e liberdade implica em visualizar e considerar a criança em toda sua totalidade. Não podemos simplesmente repassar inúmeros conteúdos para nossos alunos, visando a formação técnica e deixando de lado todo a sua individualidade (sentimentos, valores, angustias dificuldades, etc) enquanto ser humano.

A educação deve estar centrada na formação humana e não técnica. O professor deve ter em mente que a aquisição dos conhecimentos técnicos é um instrumento, um recurso para o ato de educar como um todo e não o objetivo principal do processo.

Nosso aluno é um ser humano, dotado de sentimentos e anseios, e não um “depósito” de conteúdos. Neste sentido, escola deve criar condições que estimulem a criança a exercer sua autonomia, através da observação e interpretação do mundo que a cerca, para que se torne um cidadão consciente e atuante.


Capacitação

Para Maturana, o professor deve estimular a “biologia do amor”, visando o desenvolvimento da cooperação, durante o processo de ensino-aprendizagem, estimulando o respeito mútuo entre professor e aluno e alunos com alunos.

Para que possamos capacitar os alunos para viver, conviver e interagir da sociedade devemos estimulá-los constantemente, buscando desenvolver sua liberdade reflexiva e autoconfiança nas suas capacidades e potencialidades.

Um professor [...] só pode contribuir para a capacitação de seus alunos se vive sua tarefa educacional desde a própria capacidade de fazer e desde sua liberdade para refletir acerca de sua atividade a partir do respeito por si mesmo, fazendo o que é ensinado.


CONCLUSÃO

Analisando o texto de Maturana, podemos concluir que o autor destaca a importância do professor trabalhar desenvolvendo a “biologia do amor”, pela qual formar e capacitar um ser humano vai muito além de repassar, transmitir ou transferir conhecimentos conceituais e conteudistas.

Segundo a perspectiva do autor, entendemos que a formação humana compreende a estimulação de valores e atitudes numa visão holística do ser humano, estimulando nas crianças, desde pequenos, o respeito, a autoconfiança, o trabalho em equipe através da cooperação e colaboração, a responsabilidade, a liberdade e a autonomia.

Sabemos que esta não é uma tarefa fácil, mas quando ingressamos no magistério, não estamos apenas adquirindo uma profissão, mas sim assumindo um compromisso com a sociedade, de estimular o desenvolvimento da cidadania plena e da transformação social.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Professor certo ou errado?

PROFESSOR...
Todo professor é errado quando...É jovem, não tem experiência.É velho, está superado.Não tem automóvel, é um coitado.Tem automóvel, chora de 'barriga cheia'.Fala em voz alta, vive gritando.Fala em tom normal, ninguém escuta.Não falta ao Colégio, é um 'Caxias'.Precisa faltar, é 'turista'.Conversa com os outros professores,está 'malhando' os alunos.Não conversa, é um desligado.Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.Dá pouca matéria, não prepara os alunos.Brinca com a turma, é metido a engraçado.Não brinca com a turma, é um chato.Chama à atenção, é um grosso.Não chama à atenção, não sabe se impor.A prova é longa, não dá tempo.Se é curta, tira as chances do aluno.Escreve muito, não explica.Explica muito, o caderno não tem nada.Fala corretamente, ninguém entende.Fala a 'língua' do aluno,não tem vocabulário.O aluno é reprovado, é perseguição.O aluno é aprovado, 'deu mole'.É, o professor está sempre errado, mas, sevocê conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.

domingo, 29 de agosto de 2010

Este blog é um espaço criado para postar, divulgar, compartilhar e discutir assuntos e conteúdos relacionados a educação.
Aqui serão postados trabalhos produzidos pelos alunos do curso de Pós-graduação em Ciências Sociais/ Especialização em Educação, pela Celer Faculdades - turma de Rio Pardo/RS


quarta-feira, 12 de maio de 2010

TRABALHOS APRESENTADOS EM AULA
Trabalho apresentado pelas alunas Andréa, Caren, Gilson, Laiz, Michelle e Nara.

1. SEMINÁRIO: UMA NOVA FORMA DE ENSINO


Para a elaboração, desenvolvimento e aplicação da técnica de seminário, segundo Veiga (1991, p. 105), não podemos esquecer que tanto o professor quanto o aluno não podem ser pensados independentemente, ou seja, como indivíduos isolados de suas situações concretas, de sua história de vida. Professor e aluno são seres contextualizados. As relações que se estabelecem entre professor a alunos, portanto são profundamente marcadas pelas contradições sociais.

Ao solicitarem seminários, muitos professores se esquecem de que essa é uma técnica que deve ser ensinada. A conseqüência é que os alunos continuam fazendo leitura em voz alta ao invés de apostarem em dinâmicas e atividades criativas, que com certeza despertariam o interesse da classe pelo assunto. (KLICKEDUCAÇÃO, 2010. p. 1)


1.1 O que é um seminário?

Segundo Veiga (1991, p. 106) etimologicamente o nome desta, vem da palavra latina seminariu, (semear idéias). O seminário é um método de estudo em sala de aula, (dinâmica de grupo), com origem no movimento da ESCOLA NOVA.
É uma técnica de aula expositiva que, em seu desenrolar, podemos utilizar: exposição oral, da discussão e do debate. Também podemos aplicar dinâmica de estudo em grupo, com profundidade de um tema.
É importante a participação ativa dos apresentadores e da platéia.


1.2 Para que serve um seminário?

O seminário consiste em um ferramenta de ensino-aprendizagem que, se bem organizado e desenvolvido em sala de aula, possibilita a socialização do conhecimento para um grupo.
Pode ser usado para aprofundar um tema, divulgar os conhecimentos construídos em grupo, tornar a abordagem de um assunto mais dinâmica e proporcionar debate sobre o determinado tema.

1.3 Objetivos do Seminário

Podemos estacar como principais objetivos do seminário:
Levar todos os participantes a uma reflexão aprofundada de determinado problema, a partir de textos e em equipe;
Aprender a transmitir com eficácia as informações pesquisadas;
Aprender a analisar criticamente fenômenos observados, ou as idéias do(s) autor(es) estudado(s);
Aprender a utilizar a lógica e a capacidade de síntese para elaborar um esquema orientador da fala;
Aprender a utilizar os recursos tecnológicos para este tipo de apresentação.


1.4 O Pré-seminário

É importante salientar que o seminário deve ser preparado em GRUPO. Este aspecto é muito importante porque todos os alunos devem ter domínio dos conteúdos a serem apresentados, e isso somente será possível, se todos os alunos participarem de todas as etapas que envolvem a preparação do Seminário.
O seminário como técnica de ensino implica em três etapas:
Preparação de aluno e professor;
Apresentação e discussão do tema;
Apreciação final sobre o trabalho realizado.


1.5 Etapas do pré-seminário

Levantamento de literatura sobre o tema, na Biblioteca, na Internet e outras fontes de informação. Após o levantamento de literatura sobre o tema, é necessário ler o material e discutir em conjunto as questões mais importantes;
Elaborar o trabalho escrito em grupo. É importante que o grupo tenha clareza, que não se deve dividir o trabalho em partes e designar um responsável para sua confecção. Essa prática não funciona do ponto de vista do Seminário, porque ninguém terá a visão do todo, e isso será percebido pelo público presente;
Feito isso, seleciona-se o que é mais relevante para ser apresentado no Seminário, e designa-se quem fica com o quê;
A forma de apresentação é importante. Para isso, deve-se observar:
O tamanho da fonte é importante. Nunca usar tamanho de fonte pequena. No mínimo, utilizar o tamanho 20;
A fonte escolhida também é importante. Os padrões mais usados são: Arial, Verdana ou Tahoma;
Identificar o título ou subtítulo do conteúdo do slide/transparência;
Mencionar as fontes e autores utilizados.


2. A ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE UM SEMINÁRIO

A elaboração e desenvolvimento de um seminário temático deve obedecer alguns passos bem definidos, na seguinte ordem:


2.1 Primeiro passo: Determinar um roteiro

Deve-se apresentar material impresso com o tema desenvolvido. No caso de textos literários, resumo da biografia do autor, do texto em questão e da idéia central do texto. Deve haver um trecho do texto, escolhido pelo grupo como central, sobre o qual se deve fazer uma leitura em voz alta.
Faça um roteiro do que será falado (incluindo os temas do texto). No caso de ser um texto literário: resumo sobre autor, estilo, obra e temática problematizada da obra em questão.
Faça um roteiro de leitura (escrito), com síntese dos momentos lógicos essenciais do texto.
Deve ser apresentada a bibliografia utilizada durante a elaboração do seminário.


2.1.1 A estrutura de um seminário: a importância do Coordenador

Para a estruturação de um seminário é imprescindível que exista um coordenador geral, que em sala de aula geralmente é o professor titular da disciplina. Este coordenador é responsável por:
Organizar a sala de aula, de forma a facilitar o trabalho do grupo ou aluno que fará o seminário;
Garantir que o público possa ver e ouvir o(s) apresentador(es), sem problemas;
Círculo ou semicírculo pode ser usado quando a apresentação prever debate;
Postura individual e em grupo – todos devem estar atentos ao que está sendo apresentado por um dos membros do grupo;
Designar as tarefas de cada um previamente, quando da preparação do seminário;

2.1.2 Postura do Coordenador do seminário

Saber posicionar-se frente ao público;
Observar;
Direção do olhar;
Tom de voz;
Falar para todos os ouvintes;
Não ficar de costas para os ouvintes;
Não andar na frente dos recursos educacionais que estiverem sendo utilizados.


2.1.3 Postura do(s) apresentador(es)

O apresentador deve falar em pé, com o esquema nas mãos, olhando para o público como um todo, devendo permanecer sempre de frente para a platéia, mesmo quando usar a lousa, o retroprojetor ou o data-show.
A fala do apresentador deve ser modulada, ou seja, alta, clara, bem articulada e com entonação variada, para que a explicação não fique monótona.
Se consultar o roteiro, o apresentador deve fazê-lo sem baixar excessivamente a cabeça, para que a voz não se volte para o chão, prejudicando, assim, a audiência.
O apresentador deve se mostrar seguro do tema estudado. Além disso, estar atento ao tempo previsto para sua apresentação.


2.1.3.1 A oralidade

Embora a modalidade usada nos seminários seja, obviamente, a falada, recomenda-se que o apresentador evite certos usos da linguagem, tais como né?, tá?, ahn..., pois, devido ao fato de o seminário ser uma atividade mais formal, padrão da língua, havendo, assim, certa proximidade com a escrita.


2.1.4 Todo seminário deve ter

INTRODUÇÃO: Contextualização do tema, importância, objetivos.
DESENVOLVIMENTO: Desenvolvimento dos conteúdos , os mesmo deve ser lógico e coerente.
FINALIZAÇÃO: Este momento é de reflexão, onde devem ser ressaltado os aspectos mais importantes.


2.2 Segundo passo: apresentação

Após uma pequena introdução feita pelo professor, segue-se a apresentação, com o professor passando a palavra ao seminarista ou ao grupo de seminaristas, que devem ter conhecimento das partes previamente divididas entre si.
A apresentação do Seminário é muito importante, uma vez que o grupo tem a responsabilidade de passar aos presentes o conteúdo que ficou sob sua responsabilidade. Os presentes não sabem nada (ou sabem pouco) sobre aquele tema, por isso, é importante observar:


2.2.1 Roteiro da apresentação

Deve-se saber todo o assunto que o grupo vai abordar;
Em seguida abrir o seminário apresentando o grupo e o tema, deve-se apresentar os objetivos do tema específico no qual o grupo trabalhou;
Após as apresentações iniciais, o grupo deve introduzir o tema e delimitar o assunto dentro do tema. Ex.:
O assunto de minha exposição será....
Abordarei nesta exposição alguns aspectos sobre...
Desenvolver o tema, isso significa que o grupo deve apresentar em uma seqüência lógica: o tema, ou seja, as informações devem ser organizadas de forma coerente e numa progressão lógica;


2.2.2 Terceiro passo: conclusão

A conclusão consiste na finalização da apresentação, o grupo deve concluir o tema, ou seja, é necessário que haja um fechamento, das idéias ali expostas. Ex.:
Em resumo...
Para concluir...
Consideramos ao final que...
Ao final é muito importante abrir ao público a possibilidade de formularem questões, e tirarem dúvidas com o objetivo de desencadear uma discussão ou reflexão entre os participantes. Sempre mencionar o(s) autor(es) e as fontes citada(s).
Prepare tudo como se fosse assistir seu próprio seminário.
Prepare tudo como se os ouvintes fossem alunos que nada sabem sobre o conteúdo.


3 RECURSOS

A linguagem predominante em um seminário é a verbal. Isso não significa que não se possa fazer uso de outros recursos, como os audiovisuais, Podem e devem, ser usados numa apresentação, desde que não substituam a exposição oral. Lembre-se de que tais recursos são apenas apoios.
cartaz/banner utilizando desde cartolina até materiais mais modernos;
giz e lousa;
transparência e retroprojetor;
sínteses e fotocópias para o público;
tv/vídeo cassete e fita de vídeo;
tv/aparelho de dvd e dvd;
projetor multimídia/microcomputador/power point e arquivo de apresentação (.pps, .htm/html, outros tipos);
projetor de slides tradicional;
filmes


4 REFERÊNCIAS

KLICKEDUCAÇÃO. Quando o aluno faz papel do professor: Dicas para um bom seminário. Disponível em: Acesso em: 17 ago. 2010.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de ensino: por que não?: O seminário como técnica de ensino socializado. Campinas/ São Paulo: Papirus, 1991, p. 103- 113.