
1. INTRODUÇÃO
O primeiro teste de quantificação dos índices de sucesso escolar de que temos registros históricos foi desenvolvido pelo psicólogo Alfred Binet em 1900. Segundo Cecílio Junior (2010) este teste tinha por finalidade diagnosticar e diferenciar crianças retardadas e crianças normais.
Após a primeira Guerra Mundial este teste foi aplicado nos recrutas e soldados com a finalidade de quantificar o nível de inteligência dos mesmos. Com a propagação deste teste pensou-se que era possível medir quantitativamente a inteligência dos seres humanos. Este método ficou mundiamente conhecido como Coeficiente de Inteligência (QI).
Mais tarde, foram desenvolvidas versões mais sofisticadas do teste de QI. Uma delas é chamada de Teste de Aptidão Escolar (SAT – Scholastic Aptitude Test). Ele pretende ser um tipo semelhante de medida, e se você acrescentar os resultados verbais e matemáticos da pessoa, como freqüentemente é feito, você pode classificá-la ao longo de uma única dimensão intelectual. Os programas para os superdotados, por exemplo, muitas vezes utilizam esse tipo de medida; se seu QI é superior a 130, você é admitido ao programa. (GARDNER apud CECÍLIO JÚNIOR, 2010)
Posteriormente, com o desenvolvimento os estudos de Gardner, autor da teoria das Inteligências Múltiplas, que descreve inteligência como “a capacidade de responder a itens em testes de inteligência". Os testes psicométricos consideram que existe uma inteligência geral, nos quais os seres humanos diferem uns dos outros, que é denominada “g”. Este “g” pode ser medido através da análise estatística dos resultados dos testes. É importante acrescentar que tal maneira de conceituar e analisar a inteligência de uma pessoa, ainda hoje está presente no senso comum e, até mesmo, em muitos setores do meio científico.
A teoria de Gardner de certa forma pode ser considerada complementar a outras teorias, como as de Piaget, Vygotski, Freinet, dentre outros. Vivenciadas na prática e no cotidiano da educação escolar, pois, evidencia que há uma gama de inteligências, nas quais, pedagogicamente conhecemos por “linguagens” trabalhadas na sala de aula e no espaço escolar como um todo. Sendo assim, é importante destacar tais linguagens/inteligências, pois, no planejamento diário das escolas, turmas, atividades, independente do nível e/ou idade da criança, esta teoria “contribui” muito para a reflexão sobre o universo da educação.
Ao falarmos de inteligências múltiplas, não podemos esquecer de que esta teoria significa um avanço científico importantíssimo para a educação, já que Gardner estudou a fundo a ciência cognitiva (o estudo de mente) e a neurociência (o estudo do cérebro), recursos que ainda não existiam no tempo de Binet, tornando sua proposta falha e ultrapassada.
2. INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS - TEORIA DE GARDNER
O termo “Inteligências Múltiplas” compreende à teoria desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard (EUA), liderada pelo psicólogo Howard Gardner, a partir da década de 1980.
Segundo informações contidas no site Wikipédia (2010) a pesquisa de Gardner identificou e descreveu sete tipos de inteligências nos seres humanos, e, no início da década de 1980, obteve grande eco no campo da educação. Mais recentemente, também acrescentaram-se à lista original, as inteligências de tipo "naturalista" e "existencial".
Em um dos seus livros, mencionado pela mídia como o mais famoso, intitulado “Estruturas da Mente” (1983), Gardner descreve sete dimensões da inteligência (inteligência visual/espacial, inteligência musical, inteligência linguistica/verbal, inteligência lógica/matemática, inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal e inteligência corporal/cinestética). Desde a publicação da referida obra, Gardner propôs duas novas dimensões de inteligência: a inteligência naturalista e a inteligência existencialista.
O desenvolvimento das teorias de Gardner revolucionou a interpretação dos profissionais de várias áreas, sobre o significado, as formas de estimulação e o desenvolvimento da inteligência humana, pois até então, os testes tradicionais de inteligência só levam em consideração as inteligências verbal e a lógica/matemática.
3. BIOGRAFIA DE HOWARD GARDNER
Segundo Marcio Ferreira, autor do artigo “Howard Gardner - O cientista das inteligências múltiplas”, publicado na Revista Virtual Nova Escola (2010), Gardner nasceu em Scranton, no estado norteamericano da Pensilvânia, em 1943, numa família de judeus refugiados do nazismo. Ingressou na Universidade Harvard em 1961 para estudar História e Direito, mas acabou se aproximando do psicanalista Erik Erikson e redirecionou a carreira acadêmica para os campos combinados de Psicologia e Educação.
Na Pós-graduação, pesquisou o desenvolvimento dos sistemas simbólicos pela inteligência humana, sob orientação do célebre educador Jerome Bruner. Nessa época, Gardner integrou-se ao Harvard Project Zero, destinado inicialmente às pesquisas sobre Educação Artística.
Em 1971, tornou-se co-diretor deste projeto, cargo que mantém até hoje. Foi lá que desenvolveu as pesquisas sobre as inteligências múltiplas. Elas vieram à público em seu sétimo livro, “Frames of Mind”, de 1983, que o projetou rapidamente nos Estados Unidos.
O assunto foi aprofundado em outro campeão de vendas, “Inteligências Múltiplas: Teoria na Prática”, publicado em 1993. Nos escritos sobre educação que se seguiram, enfatizou a importância de trabalhar a formação ética simultaneamente ao desenvolvimento das inteligências. Hoje leciona neurologia na escola de medicina da Universidade de Boston e é professor de cognição e pedagogia e de psicologia em Harvard. Nos últimos anos, vem pesquisando e escrevendo sobre criadores e líderes exemplares, tema de livros como “Mentes Extraordinárias”. Em 2005, foi eleito um dos 100 intelectuais mais influentes do mundo pelas revistas Foreign Policy e Prospect (FERRARRI/ NOVA ESCOLA, 2010).
Na sequência, citamos títulos de algumas obras de Gardner, traduzidas para o português e publicadas pela editora Artimed, com seus respectivos anos de publicação, o que nos dá uma dimensão da vasta e relevante pesquisa deste autor.
· A Criança pré-escolar. (1994)
· Estruturas da mente (1994)
· Inteligências - multiplas perspectivas (1995)
· Inteligências multiplas - a teoria na pratica (1995)
· Mentes que lideram (1995)
· Mentes que criam (1996)
· As Artes e o Desenvolvimento Humano (1997)
· Inteligência - multiplas perspectivas (1998)
· Inteligência- um conceito reformulado (1999)
· Arte, mente e cerebro (1999)
· Mentes extraordinarias (1999)
· O verdadeiro, o belo e o bom (1999)
· Atividades Iniciais de Aprendizagem (2001)
· Avaliaçao em Educaçao Infantil (2001)
· Nova ciência da mente (2002)
· Trabalho qualificado (2004)
· Mentes que mudam - a arte e a ciência de mudar (2005)
· Cinco Mentes para o Futuro (2007)
· Responsabilidade no trabalho (2008) (WIKIPEDIA, 2010).
4. AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DEFINIDAS POR GARDNER
4.1 INTELIGÊNCIA LINGÜÍSTICA
Segundo Goreme (2010) a inteligência lingüística refere-se ao domínio da expressão com o uso da linguagem verbal e da oralidade de um modo geral. É o manejo da palavra e da verbalização do pensamento. É a capacidade de expressão e compreensão da língua escrita e verbal. Manifesta-se na sensibilidade do entendimento da ordem e do significado das palavras, capacidade de convencer alguém sobre um fato, de explicar, ensinar e aprender, estimular o senso de humor, a memória e a lembrança, transmitir informações ou simplesmente agradar.
Se expressa de modo característico em pessoas que gostam de escrever, ler, ouvir, contar histórias e piadas; pessoas que possuem boa memória para nomes, lugares, datas e histórias; pessoas que lidam criativamente com as palavras e linguagem de uma maneira geral. É especialmente desenvolvida em poetas, jornalistas, oradores, vendedores e escritores.
4.2 INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA
Como o próprio nome sugere, é a capacidade lógica e matemática, assim como a capacidade de raciocínio preciso e científico.
Refere-se a competência de desenvolver raciocínio lógico, dedutivo, indutivo e de compreensão de modelos matemáticos; lidar com números ou outros objetos matemáticos, envolvendo cálculos e transformações; capacidade de manejar habilmente longas cadeias de raciocínio; de trabalhar com símbolos abstratos (números e figuras geométricas). Trata-se da habilidade em lidar com conceitos científicos. É dotado de um senso dedutivo e lógico muito firme e bastante apurado. Esta inteligência é característica especialmente desenvolvida em pessoas que gostam de matemática e de usar computadores, de jogar xadrez, damas, jogos de estratégia e quebra-cabeças. Normalmente podemos verificar a inteligência lógica-matemática muito apurada nos matemáticos, filósofos, contadores, escritores, banqueiros, administradores. (GOREME, 2010)
4.3 INTELIGÊNCIA ESPACIAL
Segundo Rafael Goreme (2010) a inteligência espacial envolve a capacidade de formar um modelo mental, de um mundo espacial e, de ser capaz de manobrar e operar utilizando esse modelo.
Explicando melhor, refere-se ao sentido de movimento, de localização, senso de profundidade e de direção. Inteligência na qual, em muitas vezes, se produz um efeito que é exigido para a realização de tarefas pertinentes ao trato simultâneo tridimensionais, dimensões, ângulos e perspectivas diferentes. Está relacionada com a capacidade de visualizar, moldar, manipular e criar imagens mentais.
Esta inteligência é característica especialmente desenvolvida em pessoas que possuem especial habilidade para elaboração e compreensão de mapas, como os marinheiros, navegadores e cartógrafos. Também se destaca nos engenheiros, cirurgiões, escultores, pintores, jogadores de xadrez e damas.
4.4 INTELIGÊNCIA MUSICAL
Mozart, presumivelmente, a possuía em altíssimo grau (GARDNER apud CECILIO JÚNIOR, 2010).
São dotados de inteligência musical indivíduos que possuem o domínio da expressão com os sons; que possuem a habilidade de reconhecer padrões sonoros, tons, ritmos. Incluem sensibilidade a sons ambientais, vozes humanas e instrumentos musicais.
Seu perfil indica o reconhecimento da estrutura musical, de esquemas para ouvir música, sensibilidade para sons, criação de melodias, percepção das qualidades dos tons e habilidade para tocar instrumentos. Esta habilidade de compreensão melódica e rítmica de sons musicais é desenvolvida em músicos, cantores, compositores, maestros (GOREME, 2010).
4.5 INTELIGÊNCIA CORPORAL-CINESTÉSICA
É a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos utilizando o corpo inteiro, ou partes do corpo. Dançarinos, atletas e artistas apresentam esta capacidade altamente desenvolvida, segundo consta no site Wikipédia (2010).
Explicando melhor, podemos citar Goreme (2010) que relaciona esta inteligência como o domínio dos movimentos do corpo; a qualquer habilidade físico-motora na forma de uma linguagem corporal. Manifesta-se tipicamente nos atletas, nos artistas, que seguramente não elaboram cadeias de raciocínios para realizar seus movimentos, e na maior parte das vezes, não conseguem explicá-los verbalmente.
Os exercícios e os treinamentos conseguem desenvolver tal competência, embora os limites alcançados difiram significativamente em diferentes indivíduos. Está relacionado com o movimento físico, o conhecimento do corpo e como ele funciona. Inclui a habilidade de usar o corpo para expressar emoções, para jogar, para interpretar e usar linguagem corporal. São pessoas que aprendem através do movimento; aprendem melhor através do contato; movimentam-se constantemente e gostam de esportes.
4.6 INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL
Consiste na capacidade de compreender outras pessoas – o que as motiva, como elas trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. Os vendedores, políticos, professores, terapeutas e líderes religiosos bem-sucedidos são indivíduos com altos graus desta inteligência (GARDNER apud CECILIO JÚNIOR, 2010).
Complementando com palavras de Nogueira (2001, p. 32), a inteligência interpessoal e a capacidade de entender outras pessoas, comunicar-se de forma adequada com elas, motivando-as, incentivando-as e dirigindo-as. Capacidade esta encontrada principalmente nos professores, políticos, líderes (sejam eles políticos, religiosos, empresarias, etc.) terapeutas, dentre outros.
Podemos visualizar a inteligência interpessoal como a capacidade de se relacionar com o outro, de entender as reações, criar empatia e carisma, perceber humores, motivações, em captar intenções usadas nos relacionamentos pessoa-a-pessoa.
Para Goreme (2010) pessoas dotadas desta inteligência são capazes de compreender as outras pessoas, entender o que as motiva e como trabalham. Possibilita ainda inferir o estado de ânimo, temperamento e nas intenções do outro.
4.7 INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL
Segundo Cecílio Junior (2010) Gardner diz que a inteligência intrapessoal é uma capacidade correlativa, voltada para dentro. É a capacidade de formar um modelo acurado e verídico de si mesmo e de utilizar esse modelo para operar efetivamente na vida.
Refere-se também à capacidade de autocompreensão, de automotivação, auto-estima, conhecimento e estar bem consigo mesmo. É basicamente a habilidade de administrar os próprios humores, sentimentos, emoções e projetos a seu favor. É capaz de fazer com que as situações e os problemas cotidianos sempre acabem tomando novos contornos, quando se põe a analisá-los com sua ótica particular e seu reconhecimento das situações correlatas.
Segundo Goreme (2010) inclui metacognição (pensar sobre o pensar), respostas emocionais, auto-reflexão e consciência de conceitos metafísicos. Assim, a inteligência intrapessoal diz mais respeito à capacidade de autocontrole e estabilidade emocional do indivíduo frente às dificuldades encontradas em qualquer ambiente.
4.8 INTELIGÊNCIA NATURALISTA
Trata-se da sensibilidade para aprender com os processos da natureza, que, segundo Goreme (2010) chega a ser quase como um princípio de vida, em alguns indivíduos, que descobrem sempre uma forma de atuar sutil e eficazmente, seguindo leis naturais que às vezes parecem um tanto distantes da compreensão ou da mensuração pelos demais.
[...] acho que a inteligência naturalista é extremamente importante no mundo dos negócios. O comércio explora as mínimas diferenças perceptíveis nos produtos para convencer os consumidores [...] somos capazes de perceber as diferenças necessárias entre os produtos graças a nossa inteligência naturalista. Embora não tenhamos evoluído para fazer a distinção entre dois objetos semelhantes feitos pelo homem, a habilidade de distinguir depende exatamente destes mecanismos evoluídos que permitem saber que plantas comer e quais recusar, que animais perseguir e de quais fugir. Estas capacidades foram “seqüestradas”, por assim dizer, pelo mundo do comércio. Sem a inteligência naturalista não podemos participar da criação destes produtos nem, felizmente talvez, sucumbir a lábia de publicitários e marketeiros. (GARDNER, 2000, p. 236-237 apud NOGUEIRA, 2001, p. 35)
Neste trecho, Gardner aborda sobre a inteligência naturalista no mundo dos negócios, destacando que com a evolução humana, adaptamos os instintos naturais de sobrevivência em outras funções. Dessa forma, podemos perceber que a inteligência naturalista não está vinculada a gostar ou não de plantas, animais e da ecologia, pois no processo evolutivo, o instinto de sobrevivência foi convertido, por exemplo, na competitividade profissional.
4.9 INTELIGÊNCIA EXISTENCIALISTA
Consiste na inteligência voltada para questionamentos filosóficos e religiosos, que é sem dúvida um dos elementos mais presentes e atuais. São pessoas que tem o potencial de situar-se em relação a elementos da condição humana como os significados da vida, o sentido da morte, o destino final dos mundos físico e psicológico. Entre estas pessoas se destacam místicos, líderes religiosos, pessoas que meditam.
Segundo Nogueira (2001, p.35), Gardner relaciona esta inteligência a capacidade de situar-se com os limites dos cosmos, com as coisas mais etéreas, como, por exemplo, a compreensão do sentimento da vida e da morte, do amor e do ódio, com a capacidade de aprofundar-se na descoberta no sentido de uma obra de arte ou questões filosóficas.
5 CONCLUSÃO
Podemos concluir, após a pesquisa realizada sobre a teoria das Multiplas Inteligencias de Howard Gardner, que todos nós, enquanto seres humanos, temos tendências individuais (áreas de que gostamos e em que somos competentes) e que estas tendências podem ser englobadas numa das inteligências classificadas por Gardner.
Dessa forma, o modelo de avaliação de QI desenvolvido por Binet, era completamente falho, por não considerar a pluralidade do intelecto humano. A partir das idéias de Howard, podemos vislumbrar a inteligência como a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários.
Neste sentido, concordamos com Cecilio Junior (2010), quando afirma que o propósito da escola deveria ser o de desenvolver as inteligências e ajudar as pessoas a atingirem objetivos de ocupação e passa-tempo adequados ao seu espectro particular de inteligências. As pessoas que são ajudadas a fazer isso se sentem mais engajadas e competentes e, portanto, mais inclinadas a servirem à sociedade de uma maneira construtiva.
As pessoas têm os mesmos interesses e habilidades, nem todos aprendem da mesma maneira; a segunda é a de que, atualmente, ninguém pode aprender tudo o que há para ser aprendido. Uma escola centrada no indivíduo seria rica na avaliação das capacidades e tendências individuais. Ela procuraria adequar os indivíduos não apenas a áreas curriculares, mas também a maneiras particulares de ensinar esses assuntos.
6 REFERÊNCIAS
CECÍLIO JUNIOR. Marlísio Oliveira. Reunião Cultural de Maio: Inteligências Múltiplas – Howard Gardner. Disponível em:http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/cientista-inteligencias-multiplas-423312.shtml> Acesso em: 15 out. 2010.
GOREME, Rafael. Inteligências Múltiplas. Disponível em: <http://azulsp.blogspot.com/2010/09/inteligencias-multiplas.html> Acesso em: 15 out. 2010.
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Desenvolvendo as Competências Profissionais: um novo enfoque por meio das inteligências múltiplas. São Paulo: Érica Editora, 2001.
WIKIPEDIA. Howard Gardner. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Howard_Gardner> Acesso em: 15 out. 2010.
7 0BRAS CONSULTADAS
CURY, Augusto Jorge. Inteligência Multifocal: Análise da construção dos pensamentos e da formação de pensadores. São Paulo: Cultrix, 2006.
VECCHIO. Egito. Educando crianças índigo: uma nova pedagogia para crianças da nova era. São Paulo: Butterfly, 2006.
O primeiro teste de quantificação dos índices de sucesso escolar de que temos registros históricos foi desenvolvido pelo psicólogo Alfred Binet em 1900. Segundo Cecílio Junior (2010) este teste tinha por finalidade diagnosticar e diferenciar crianças retardadas e crianças normais.
Após a primeira Guerra Mundial este teste foi aplicado nos recrutas e soldados com a finalidade de quantificar o nível de inteligência dos mesmos. Com a propagação deste teste pensou-se que era possível medir quantitativamente a inteligência dos seres humanos. Este método ficou mundiamente conhecido como Coeficiente de Inteligência (QI).
Mais tarde, foram desenvolvidas versões mais sofisticadas do teste de QI. Uma delas é chamada de Teste de Aptidão Escolar (SAT – Scholastic Aptitude Test). Ele pretende ser um tipo semelhante de medida, e se você acrescentar os resultados verbais e matemáticos da pessoa, como freqüentemente é feito, você pode classificá-la ao longo de uma única dimensão intelectual. Os programas para os superdotados, por exemplo, muitas vezes utilizam esse tipo de medida; se seu QI é superior a 130, você é admitido ao programa. (GARDNER apud CECÍLIO JÚNIOR, 2010)
Posteriormente, com o desenvolvimento os estudos de Gardner, autor da teoria das Inteligências Múltiplas, que descreve inteligência como “a capacidade de responder a itens em testes de inteligência". Os testes psicométricos consideram que existe uma inteligência geral, nos quais os seres humanos diferem uns dos outros, que é denominada “g”. Este “g” pode ser medido através da análise estatística dos resultados dos testes. É importante acrescentar que tal maneira de conceituar e analisar a inteligência de uma pessoa, ainda hoje está presente no senso comum e, até mesmo, em muitos setores do meio científico.
A teoria de Gardner de certa forma pode ser considerada complementar a outras teorias, como as de Piaget, Vygotski, Freinet, dentre outros. Vivenciadas na prática e no cotidiano da educação escolar, pois, evidencia que há uma gama de inteligências, nas quais, pedagogicamente conhecemos por “linguagens” trabalhadas na sala de aula e no espaço escolar como um todo. Sendo assim, é importante destacar tais linguagens/inteligências, pois, no planejamento diário das escolas, turmas, atividades, independente do nível e/ou idade da criança, esta teoria “contribui” muito para a reflexão sobre o universo da educação.
Ao falarmos de inteligências múltiplas, não podemos esquecer de que esta teoria significa um avanço científico importantíssimo para a educação, já que Gardner estudou a fundo a ciência cognitiva (o estudo de mente) e a neurociência (o estudo do cérebro), recursos que ainda não existiam no tempo de Binet, tornando sua proposta falha e ultrapassada.
2. INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS - TEORIA DE GARDNER
O termo “Inteligências Múltiplas” compreende à teoria desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard (EUA), liderada pelo psicólogo Howard Gardner, a partir da década de 1980.
Segundo informações contidas no site Wikipédia (2010) a pesquisa de Gardner identificou e descreveu sete tipos de inteligências nos seres humanos, e, no início da década de 1980, obteve grande eco no campo da educação. Mais recentemente, também acrescentaram-se à lista original, as inteligências de tipo "naturalista" e "existencial".
Em um dos seus livros, mencionado pela mídia como o mais famoso, intitulado “Estruturas da Mente” (1983), Gardner descreve sete dimensões da inteligência (inteligência visual/espacial, inteligência musical, inteligência linguistica/verbal, inteligência lógica/matemática, inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal e inteligência corporal/cinestética). Desde a publicação da referida obra, Gardner propôs duas novas dimensões de inteligência: a inteligência naturalista e a inteligência existencialista.
O desenvolvimento das teorias de Gardner revolucionou a interpretação dos profissionais de várias áreas, sobre o significado, as formas de estimulação e o desenvolvimento da inteligência humana, pois até então, os testes tradicionais de inteligência só levam em consideração as inteligências verbal e a lógica/matemática.
3. BIOGRAFIA DE HOWARD GARDNER
Segundo Marcio Ferreira, autor do artigo “Howard Gardner - O cientista das inteligências múltiplas”, publicado na Revista Virtual Nova Escola (2010), Gardner nasceu em Scranton, no estado norteamericano da Pensilvânia, em 1943, numa família de judeus refugiados do nazismo. Ingressou na Universidade Harvard em 1961 para estudar História e Direito, mas acabou se aproximando do psicanalista Erik Erikson e redirecionou a carreira acadêmica para os campos combinados de Psicologia e Educação.
Na Pós-graduação, pesquisou o desenvolvimento dos sistemas simbólicos pela inteligência humana, sob orientação do célebre educador Jerome Bruner. Nessa época, Gardner integrou-se ao Harvard Project Zero, destinado inicialmente às pesquisas sobre Educação Artística.
Em 1971, tornou-se co-diretor deste projeto, cargo que mantém até hoje. Foi lá que desenvolveu as pesquisas sobre as inteligências múltiplas. Elas vieram à público em seu sétimo livro, “Frames of Mind”, de 1983, que o projetou rapidamente nos Estados Unidos.
O assunto foi aprofundado em outro campeão de vendas, “Inteligências Múltiplas: Teoria na Prática”, publicado em 1993. Nos escritos sobre educação que se seguiram, enfatizou a importância de trabalhar a formação ética simultaneamente ao desenvolvimento das inteligências. Hoje leciona neurologia na escola de medicina da Universidade de Boston e é professor de cognição e pedagogia e de psicologia em Harvard. Nos últimos anos, vem pesquisando e escrevendo sobre criadores e líderes exemplares, tema de livros como “Mentes Extraordinárias”. Em 2005, foi eleito um dos 100 intelectuais mais influentes do mundo pelas revistas Foreign Policy e Prospect (FERRARRI/ NOVA ESCOLA, 2010).
Na sequência, citamos títulos de algumas obras de Gardner, traduzidas para o português e publicadas pela editora Artimed, com seus respectivos anos de publicação, o que nos dá uma dimensão da vasta e relevante pesquisa deste autor.
· A Criança pré-escolar. (1994)
· Estruturas da mente (1994)
· Inteligências - multiplas perspectivas (1995)
· Inteligências multiplas - a teoria na pratica (1995)
· Mentes que lideram (1995)
· Mentes que criam (1996)
· As Artes e o Desenvolvimento Humano (1997)
· Inteligência - multiplas perspectivas (1998)
· Inteligência- um conceito reformulado (1999)
· Arte, mente e cerebro (1999)
· Mentes extraordinarias (1999)
· O verdadeiro, o belo e o bom (1999)
· Atividades Iniciais de Aprendizagem (2001)
· Avaliaçao em Educaçao Infantil (2001)
· Nova ciência da mente (2002)
· Trabalho qualificado (2004)
· Mentes que mudam - a arte e a ciência de mudar (2005)
· Cinco Mentes para o Futuro (2007)
· Responsabilidade no trabalho (2008) (WIKIPEDIA, 2010).
4. AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DEFINIDAS POR GARDNER
4.1 INTELIGÊNCIA LINGÜÍSTICA
Segundo Goreme (2010) a inteligência lingüística refere-se ao domínio da expressão com o uso da linguagem verbal e da oralidade de um modo geral. É o manejo da palavra e da verbalização do pensamento. É a capacidade de expressão e compreensão da língua escrita e verbal. Manifesta-se na sensibilidade do entendimento da ordem e do significado das palavras, capacidade de convencer alguém sobre um fato, de explicar, ensinar e aprender, estimular o senso de humor, a memória e a lembrança, transmitir informações ou simplesmente agradar.
Se expressa de modo característico em pessoas que gostam de escrever, ler, ouvir, contar histórias e piadas; pessoas que possuem boa memória para nomes, lugares, datas e histórias; pessoas que lidam criativamente com as palavras e linguagem de uma maneira geral. É especialmente desenvolvida em poetas, jornalistas, oradores, vendedores e escritores.
4.2 INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA
Como o próprio nome sugere, é a capacidade lógica e matemática, assim como a capacidade de raciocínio preciso e científico.
Refere-se a competência de desenvolver raciocínio lógico, dedutivo, indutivo e de compreensão de modelos matemáticos; lidar com números ou outros objetos matemáticos, envolvendo cálculos e transformações; capacidade de manejar habilmente longas cadeias de raciocínio; de trabalhar com símbolos abstratos (números e figuras geométricas). Trata-se da habilidade em lidar com conceitos científicos. É dotado de um senso dedutivo e lógico muito firme e bastante apurado. Esta inteligência é característica especialmente desenvolvida em pessoas que gostam de matemática e de usar computadores, de jogar xadrez, damas, jogos de estratégia e quebra-cabeças. Normalmente podemos verificar a inteligência lógica-matemática muito apurada nos matemáticos, filósofos, contadores, escritores, banqueiros, administradores. (GOREME, 2010)
4.3 INTELIGÊNCIA ESPACIAL
Segundo Rafael Goreme (2010) a inteligência espacial envolve a capacidade de formar um modelo mental, de um mundo espacial e, de ser capaz de manobrar e operar utilizando esse modelo.
Explicando melhor, refere-se ao sentido de movimento, de localização, senso de profundidade e de direção. Inteligência na qual, em muitas vezes, se produz um efeito que é exigido para a realização de tarefas pertinentes ao trato simultâneo tridimensionais, dimensões, ângulos e perspectivas diferentes. Está relacionada com a capacidade de visualizar, moldar, manipular e criar imagens mentais.
Esta inteligência é característica especialmente desenvolvida em pessoas que possuem especial habilidade para elaboração e compreensão de mapas, como os marinheiros, navegadores e cartógrafos. Também se destaca nos engenheiros, cirurgiões, escultores, pintores, jogadores de xadrez e damas.
4.4 INTELIGÊNCIA MUSICAL
Mozart, presumivelmente, a possuía em altíssimo grau (GARDNER apud CECILIO JÚNIOR, 2010).
São dotados de inteligência musical indivíduos que possuem o domínio da expressão com os sons; que possuem a habilidade de reconhecer padrões sonoros, tons, ritmos. Incluem sensibilidade a sons ambientais, vozes humanas e instrumentos musicais.
Seu perfil indica o reconhecimento da estrutura musical, de esquemas para ouvir música, sensibilidade para sons, criação de melodias, percepção das qualidades dos tons e habilidade para tocar instrumentos. Esta habilidade de compreensão melódica e rítmica de sons musicais é desenvolvida em músicos, cantores, compositores, maestros (GOREME, 2010).
4.5 INTELIGÊNCIA CORPORAL-CINESTÉSICA
É a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos utilizando o corpo inteiro, ou partes do corpo. Dançarinos, atletas e artistas apresentam esta capacidade altamente desenvolvida, segundo consta no site Wikipédia (2010).
Explicando melhor, podemos citar Goreme (2010) que relaciona esta inteligência como o domínio dos movimentos do corpo; a qualquer habilidade físico-motora na forma de uma linguagem corporal. Manifesta-se tipicamente nos atletas, nos artistas, que seguramente não elaboram cadeias de raciocínios para realizar seus movimentos, e na maior parte das vezes, não conseguem explicá-los verbalmente.
Os exercícios e os treinamentos conseguem desenvolver tal competência, embora os limites alcançados difiram significativamente em diferentes indivíduos. Está relacionado com o movimento físico, o conhecimento do corpo e como ele funciona. Inclui a habilidade de usar o corpo para expressar emoções, para jogar, para interpretar e usar linguagem corporal. São pessoas que aprendem através do movimento; aprendem melhor através do contato; movimentam-se constantemente e gostam de esportes.
4.6 INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL
Consiste na capacidade de compreender outras pessoas – o que as motiva, como elas trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. Os vendedores, políticos, professores, terapeutas e líderes religiosos bem-sucedidos são indivíduos com altos graus desta inteligência (GARDNER apud CECILIO JÚNIOR, 2010).
Complementando com palavras de Nogueira (2001, p. 32), a inteligência interpessoal e a capacidade de entender outras pessoas, comunicar-se de forma adequada com elas, motivando-as, incentivando-as e dirigindo-as. Capacidade esta encontrada principalmente nos professores, políticos, líderes (sejam eles políticos, religiosos, empresarias, etc.) terapeutas, dentre outros.
Podemos visualizar a inteligência interpessoal como a capacidade de se relacionar com o outro, de entender as reações, criar empatia e carisma, perceber humores, motivações, em captar intenções usadas nos relacionamentos pessoa-a-pessoa.
Para Goreme (2010) pessoas dotadas desta inteligência são capazes de compreender as outras pessoas, entender o que as motiva e como trabalham. Possibilita ainda inferir o estado de ânimo, temperamento e nas intenções do outro.
4.7 INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL
Segundo Cecílio Junior (2010) Gardner diz que a inteligência intrapessoal é uma capacidade correlativa, voltada para dentro. É a capacidade de formar um modelo acurado e verídico de si mesmo e de utilizar esse modelo para operar efetivamente na vida.
Refere-se também à capacidade de autocompreensão, de automotivação, auto-estima, conhecimento e estar bem consigo mesmo. É basicamente a habilidade de administrar os próprios humores, sentimentos, emoções e projetos a seu favor. É capaz de fazer com que as situações e os problemas cotidianos sempre acabem tomando novos contornos, quando se põe a analisá-los com sua ótica particular e seu reconhecimento das situações correlatas.
Segundo Goreme (2010) inclui metacognição (pensar sobre o pensar), respostas emocionais, auto-reflexão e consciência de conceitos metafísicos. Assim, a inteligência intrapessoal diz mais respeito à capacidade de autocontrole e estabilidade emocional do indivíduo frente às dificuldades encontradas em qualquer ambiente.
4.8 INTELIGÊNCIA NATURALISTA
Trata-se da sensibilidade para aprender com os processos da natureza, que, segundo Goreme (2010) chega a ser quase como um princípio de vida, em alguns indivíduos, que descobrem sempre uma forma de atuar sutil e eficazmente, seguindo leis naturais que às vezes parecem um tanto distantes da compreensão ou da mensuração pelos demais.
[...] acho que a inteligência naturalista é extremamente importante no mundo dos negócios. O comércio explora as mínimas diferenças perceptíveis nos produtos para convencer os consumidores [...] somos capazes de perceber as diferenças necessárias entre os produtos graças a nossa inteligência naturalista. Embora não tenhamos evoluído para fazer a distinção entre dois objetos semelhantes feitos pelo homem, a habilidade de distinguir depende exatamente destes mecanismos evoluídos que permitem saber que plantas comer e quais recusar, que animais perseguir e de quais fugir. Estas capacidades foram “seqüestradas”, por assim dizer, pelo mundo do comércio. Sem a inteligência naturalista não podemos participar da criação destes produtos nem, felizmente talvez, sucumbir a lábia de publicitários e marketeiros. (GARDNER, 2000, p. 236-237 apud NOGUEIRA, 2001, p. 35)
Neste trecho, Gardner aborda sobre a inteligência naturalista no mundo dos negócios, destacando que com a evolução humana, adaptamos os instintos naturais de sobrevivência em outras funções. Dessa forma, podemos perceber que a inteligência naturalista não está vinculada a gostar ou não de plantas, animais e da ecologia, pois no processo evolutivo, o instinto de sobrevivência foi convertido, por exemplo, na competitividade profissional.
4.9 INTELIGÊNCIA EXISTENCIALISTA
Consiste na inteligência voltada para questionamentos filosóficos e religiosos, que é sem dúvida um dos elementos mais presentes e atuais. São pessoas que tem o potencial de situar-se em relação a elementos da condição humana como os significados da vida, o sentido da morte, o destino final dos mundos físico e psicológico. Entre estas pessoas se destacam místicos, líderes religiosos, pessoas que meditam.
Segundo Nogueira (2001, p.35), Gardner relaciona esta inteligência a capacidade de situar-se com os limites dos cosmos, com as coisas mais etéreas, como, por exemplo, a compreensão do sentimento da vida e da morte, do amor e do ódio, com a capacidade de aprofundar-se na descoberta no sentido de uma obra de arte ou questões filosóficas.
5 CONCLUSÃO
Podemos concluir, após a pesquisa realizada sobre a teoria das Multiplas Inteligencias de Howard Gardner, que todos nós, enquanto seres humanos, temos tendências individuais (áreas de que gostamos e em que somos competentes) e que estas tendências podem ser englobadas numa das inteligências classificadas por Gardner.
Dessa forma, o modelo de avaliação de QI desenvolvido por Binet, era completamente falho, por não considerar a pluralidade do intelecto humano. A partir das idéias de Howard, podemos vislumbrar a inteligência como a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários.
Neste sentido, concordamos com Cecilio Junior (2010), quando afirma que o propósito da escola deveria ser o de desenvolver as inteligências e ajudar as pessoas a atingirem objetivos de ocupação e passa-tempo adequados ao seu espectro particular de inteligências. As pessoas que são ajudadas a fazer isso se sentem mais engajadas e competentes e, portanto, mais inclinadas a servirem à sociedade de uma maneira construtiva.
As pessoas têm os mesmos interesses e habilidades, nem todos aprendem da mesma maneira; a segunda é a de que, atualmente, ninguém pode aprender tudo o que há para ser aprendido. Uma escola centrada no indivíduo seria rica na avaliação das capacidades e tendências individuais. Ela procuraria adequar os indivíduos não apenas a áreas curriculares, mas também a maneiras particulares de ensinar esses assuntos.
6 REFERÊNCIAS
CECÍLIO JUNIOR. Marlísio Oliveira. Reunião Cultural de Maio: Inteligências Múltiplas – Howard Gardner. Disponível em:
GOREME, Rafael. Inteligências Múltiplas. Disponível em: <http://azulsp.blogspot.com/2010/09/inteligencias-multiplas.html> Acesso em: 15 out. 2010.
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Desenvolvendo as Competências Profissionais: um novo enfoque por meio das inteligências múltiplas. São Paulo: Érica Editora, 2001.
WIKIPEDIA. Howard Gardner. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Howard_Gardner> Acesso em: 15 out. 2010.
7 0BRAS CONSULTADAS
CURY, Augusto Jorge. Inteligência Multifocal: Análise da construção dos pensamentos e da formação de pensadores. São Paulo: Cultrix, 2006.
VECCHIO. Egito. Educando crianças índigo: uma nova pedagogia para crianças da nova era. São Paulo: Butterfly, 2006.
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